A nova política industrial brasileira tem demandas objetivas para a mineração. O setor, que teve faturamento de R$ 68 bilhões no primeiro trimestre deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), é estratégico e está sendo estimulado a avançar em transição energética, descarbonização e em desenvolvimento tecnológico.
Como uma atividade econômica essencial no modelo de produção contemporâneo, a mineração não poderia ficar de fora dos temas abordados e aprofundados no II Congresso de Inovação e Sustentabilidade, promovido pelo BH-TEC nos dias 29 e 30 de agosto.
Muitos desafios
A mesa “De minerais estratégicos a materiais avançados: rumo a uma nova mineração?!” acontece no início da tarde do dia 30 e tem o professor Leonardo Alves, da UFMG, como moderador. “O objetivo do painel é discutir a mineração a partir do novo desafio da transição energética e construção de uma nova economia verde”, diz.
“É inegável que a mineração é uma atividade econômica absolutamente essencial para o modelo de produção e consumo contemporâneo. Mas o ponto é que agora a mineração não é apenas uma atividade indispensável para a economia do século 20. A transição de uma economia intensiva em combustível fóssil para uma nova economia de baixo carbono depende do crescimento da produção mineral. Este é um fato.”, enfatiza o professor.
Participam da mesa a professora Glaura Goulart, do CTNano; Valdirene Peressinotto, da Gerdau Graphene; João Paulo Braga, da Invest Minas; Julio Nery, do Ibram; e Rossandro Ramos, do Jequitinhonha Lithium Valley.
Resgate do protagonismo
Para o professor Leonardo, mediador do debate, o Brasil tem todas as condições de ser um protagonista na área mineral ao longo da transição energética, portanto, é preciso um reposicionamento da mineração como um setor estratégico dentro dessa nova economia.
“Não é possível falar em transição energética sem avançar na produção do lítio, níquel, cobalto, cobre alumínio”, explica.
Durante a mesa redonda, os participantes também vão abordar questões políticas e as estruturas institucionais do país. Os desastres ambientais dos últimos anos envolvendo a mineração também aparecerão na pauta.
“A nossa sociedade observa, portanto, um grande impasse histórico: de um lado, a certeza científica da impossibilidade de promover a transição energética sem a mineração. Por outro lado, a certeza de necessidade de avanço da mineração é bloqueada pelas atuais condições institucionais que limitam a expansão do setor”, avalia Leonardo Alves, ao dar um spoiler de como deve caminhar o debate sobre a nova mineração durante o II CIS.
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