Crianças e jovens tiveram um dia de deslumbramento e inspiração no BH-TEC, nesta sexta-feira (1°). O Parque juntou a prática e a teoria em um mesmo evento: Batalhas de Robôs e debate sobre carreiras na área de ciência, tecnologia e inovação.
A última edição da Sexta no Parque de 2023 convidou o time premiado nacional e internacionalmente em disputas envolvendo robôs: o Trincabotz CEFET-MG.
O grupo mostrou de pertinho a disputa de três categorias diferentes: sumô, seguidor de linha e hockey - que, no BH-TEC, foi carinhosamente rebatizado de futebol. De quebra, os presentes ainda puderem comandar os robôs.
"O que eu mais gostei foi o do futebol. Eu perdi de 3x0, mas, mesmo assim, foi muito legal. Eu nunca tinha controlado um robô de verdade", relata, empolgado, Tales Dias, de apenas 9 anos.
Inspiração para o futuro
O casal Giovana Diniz, 21 anos, e Luiz Gustavo Alvares, 23, estão consolidando o que pretendem seguir como carreira - e aproveitaram para buscar inspiração no BH-TEC.
"Foi incrível, gostei muito. Não sabia que ia ser tão legal, me surpreendi", afirma Giovana, antes do Luiz endossar: "Aprendi bastante coisa".
"É muito gratificante ver que a gente está influenciando, despertando interesse na criançada nesse meio da robótica", afirma a líder do Trincabotz, Júlia Mariana Espírito Santo, que ainda complementa:
"Vivenciamos momentos muito marcantes de crianças perguntando como podem participar, já ouvi mãe falar pra mim que nunca viu a filha tão interessada por alguma coisa".
A líder e graduanda em Engenharia Mecânica no CEFET-MG inspira jovens, e também foi inspirada pela competição de robôs.
"Eu me conheci lá dentro: atividades que faço hoje nunca havia imaginado... e eu nunca tinha pensado em mim como uma líder: hoje estou na capitania geral, aprendendo a gerir processos, pessoas e projetos. Uma equipe com mais mais de 40 pessoas. Aprendizado muito grande de poder assumir essa responsabilidade", conta.
Diversão valiosa
Além das Batalhas de Robôs, a Sexta no Parque promoveu um debate com professores e especialistas sobre oportunidades e carreiras na área de ciência e tecnologia.
Um dos pontos exaltados foi a importância de participar justamente de projetos de extensão, como as disputas de robôs.
"Especificamente no caso das equipes de competição, sejam elas em qualquer nível de engenharia ou de ciências exatas, ou até mesmo em outras, ela traz um ponto adicional: a ideia de soft skills", afirma um dos palestrantes, o professor de Engenharia Aeroespacial da UFMG, Luiz Henrique Machado.
"Isso é muito valorizado por todos os tipos de empresas no país. As grandes empresas já sabem que pessoas que passaram por equipes de competição têm uma facilidade maior de trabalho em grupo, entendimento de regras e de hierarquias do que pessoas que não têm ainda esse tipo de experiência", complementa o docente.
DNA do Parque Tecnológico
O evento derradeiro deste ano tem importância simbólica ao trabalhar um tema caro ao BH-TEC: a formação e atração de jovens para a área de ciência, tecnologia e inovação.
"A demanda de jovens na área é trabalhada pelo Parque de forma transversal em diversos projetos e foi uma ótima discussão, com batalhas de robôs, competição, com vários jovens interessados", resume a Head de Inovação do BH-TEC, Ana Canhestro.
Raphael Pedrosa, engenheiro de estruturas na ISQ Brasil e outro palestrante, exaltou a aproximação entre empresas e jovens. "Evento muito importante para estreitar relações entre mercado de trabalho e as universidades, criar conexão", afirma.
"Equipes de competição trazem habilidades muito valiosas buscados pela gente, que está no mercado de trabalho, em um profissional que queremos contratar", complementa.
Por fim, o gestor de Projetos em Sustentabilidade do BH-TEC, Wallace Carrieri, também compôs a mesa. "Cumprimos mais uma função do Parque: levar conhecimento, ciência e tecnologia para a sociedade. E focamos no Programa de Aprendizagem, como é estruturado pela Lei da Aprendizagem, ótima recomendação pra cumprir a grande demanda: inserção produtiva do jovem no mercado de trabalho", conclui.
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