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BH-TEC, UFMG, UFOP e TecnoPARQ lançam LabMIn, o Laboratório de Metodologias de Inovação


Coordenadores do LabMIn durante lançamento do laboratório
LabMIn é apresentado pelos coordenadores Raoni Bagno, Adriana Faria, Juliana Crepalde, André Luís Silva e Marco Crocco | Virgínia Muniz/BH-TEC

O LabMIn (Laboratório de Metodologias de Inovação) foi lançado oficialmente agora há pouco, nesta sexta-feira (28), no auditório do BH-TEC. O evento, realizado dentro de uma edição Sexta no Parque, contou com a presença de todos os coordenadores do projeto, além de dezenas de participantes.


"É uma rede de pesquisa sobre metodologias de inovação de uma forma geral: empreendedorismo, aceleração, pós-aceleração, roadmap tecnológico com quatro universidades do estado de Minas Gerais", resume o CEO do BH-TEC, Marco Crocco.


A rede tem um grande objetivo: ofertar um rol de ferramentas e métodos para aprimorar a gestão da inovação do BH-TEC, dos ambientes de inovação associados à articulação, além das empresas e projetos que estão dentro desses ambientes. A iniciativa é fruto de um projeto Fapemig.


O objetivo do Laboratório é trazer todo o conhecimento produzido nas universidades na área de metodologias de inovação e traduzir, tornar esse material aplicável pelas empresas de base tecnológica. São ferramentas voltadas para a gestão e que impulsionam as empresas e ambientes de inovação a implementarem novos processos e, consequentemente, crescerem e se tornarem mais competitivos.


O trabalho está sendo feito em frentes como incubação, spin-offs, nível de maturidade de parques, propriedade intelectual, Marco Legal de inovação, Lei das Startups, produtização de ferramentas, entre outras. O resultado será testado com empresas ao longo do projeto e disponibilizado em plataforma, além de cursos e treinamentos.

Auditório cheio para acompanhar o lançamento do LabMIn
Auditório lotado para acompanhar a apresentação do LabMIn | Virgínia Muniz/BH-TEC

"É uma rede para difundir metodologias para a gente aplicar em nossos programas dentro do BH-TEC e também no Parque Tecnológico de Viçosa, na incubadora de Ouro Preto, ou seja, em vários ambiente de inovação", resume Crocco.


"Dessa forma, o BH-TEC se coloca efetivamente como uma ICT (Instituto de Ciência e Tecnologia), um laboratório vivo para o desenvolvimento de metodologia de inovação e a sua aplicação em empreendimentos de base tecnológica", conclui.


O LabMIn é coordenado pelo CEO do BH-TEC, Marco Crocco, e formado por quatro núcleos:


  • Núcleo de Tecnologia da Qualidade e da Inovação (NTQI) da UFMG, coordenado pelo pesquisador Raoni Bagno

  • Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional de Viçosa (CenTev) / TecnoPARQ da Universidade Federal de Viçosa, coordenado pela pesquisadora Adriana Faria

  • Coordenação de Transferência e Inovação Tecnológica da UFMG (CTIT), coordenado pela pesquisadora Juliana Crepalde

  • Departamento de Engenharia de Produção, Administração e Economia da Universidade Federal de Ouro Preto, núcleo coordenado pelo professor André Luís Silva

Núcleo de Tecnologia da Qualidade e da Inovação (NTQI) da UFMG


Pelo NTQI, o LabMIn tem o objetivo de elaborar portfólio de serviços essenciais, descrever métodos de acordo com as necessidades das empresas de base tecnológica e dos parques tecnológicos.


Para Raoni Bagno, coordenador do núcleo, o projeto tem um grande potencial e é fundamental que esteja conectado a um parque tecnológico.


“O LabMIn é como uma plataforma para combinação e aplicação dos métodos, ferramentas e abordagens gerenciais que estudamos e desenvolvemos no contexto de inovação e empreendedorismo", inicia o estudioso.

Pessoas registram participação na Sexta no Parque, no lançamento do LabMIn
Participantes registram presença no lançamento do Laboratório | Virgínia Muniz/BH-TEC

"A proximidade com o ambiente de parques tecnológicos nos traz a possibilidade de aprendizados e contribuições mais amplos para o desenvolvimento de regiões mineiras, pois acreditamos fortemente no protagonismo dos parques como orquestradores desse processo de levar alta tecnologia dos laboratórios e ambientes de pesquisas para a difusão no mercado e sociedade”, complementa.


Ele destaca ainda uma das principais características do LabMIn: ser um trabalho feito por equipes diversas e que se complementam.


“A possibilidade de trabalhar em rede com colegas de outras instituições também fortalece não somente o potencial técnico da proposta, mas também nossos laços de responsabilidade sobre o propósito de transformação de nossos ambientes de inovação.”


O NTQI tem também a participação do pesquisador Maicon Gouvêa Oliveira, da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos, que irá trabalhar processos de roadmapping.


Universidade Federal de Ouro Preto


O núcleo da UFOP atua na metrificação de desempenho de parques tecnológicos e incubadoras de empresas. Na prática, é a criação de métricas que irão fornecer substrato para melhor pensar e avaliar o nível de maturidade dos parques e incubadoras. “Mais do que estudar a metrificação, queremos aplicar. Para eu comparar dois parques preciso olhar quais índices? Isso que vamos verificar”, afirma o professor André Luís.


Ele diz que o projeto possui sua importância por diferentes razões. Em primeiro lugar, segundo ele, o LabMIn viabilizou a integração de iniciativas de inovação e empreendedorismo no Estado de Minas Gerais.


“O projeto também possibilitou o estudo mais aprofundado de mecanismos de implementação do empreendedorismo de base tecnológica e materializou a cooperação de pesquisadores em temas transversais”, afirmou.


Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional de Viçosa (CenTev) da Universidade Federal de Viçosa


O CenTev / TecnoPARQ atua no processo de criação das empresas de base tecnológica. Segundo Adriana Faria, pesquisadora e coordenadora do CenTev, as metas para o LabMIn abrangem metodologias para prospectar projetos, avaliar a viabilidade desses projetos, realizar o desenvolvimento do plano de negócios ou a valoração das tecnologias.


“Na sequência, atuar em todos os processo de incubação e aceleração para que de fato tenhamos uma empresa de base tecnológica”, afirma.

Networking durante a Sexta no Parque, no lançamento do LabMIn
Lançamento do LabMIn teve grande demanda de empreendedores, pesquisadores e interessados | Virgínia Muniz/BH-TEC

O objetivo é desenvolver e aprimorar metodologias tendo o TecnoPARQ como o ambiente inicial para testagem dessas metodologias e depois dar visibilidade para que o resultado possa ser usado por outros ambientes de inovação.


O CenTev é um órgão da Universidade Federal de Viçosa e dele fazem parte: o Parque Tecnológico de Viçosa (TecnoPARQ), a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (IEBT), a Central de Empresas Juniores (CEMP) e o Núcleo de Desenvolvimento Social e Educacional (Nudese).


Coordenação de Transferência e Inovação Tecnológica da UFMG (CTIT)


Analisar os marcos legais da área de inovação é um dos eixos de peso do LabMIn. A equipe liderada pela pesquisadora Juliana Crepalde, que é coordenadora-executiva da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica da UFMG (CTIT UFMG), atua em novas metodologias voltadas para gestão de propriedade intelectual, parcerias e arranjos de inovação de empresas startups com universidades e centros de pesquisa, e também Lei de Startup e Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação.


“O LabMIn é um projeto de extrema relevância para fortalecer o Sistema Nacional de Inovação no Brasil, pois tem o compromisso de construir com excelência mecanismos necessários para apoiar empreendimentos inovadores”, avalia Juliana Crepalde.

Lanches do Sexta no Parque, no lançamento do LabMIn
Como já é tradição, Sexta no Parque contou com lanches e networking | Virgínia Muniz/BH-TEC

“O projeto é multifacetado, congregando especialistas de diversas áreas do conhecimento, que irão aportar suas competências para avançar e aprender juntos, a partir de uma abordagem teórica e prática, em novas metodologias para alavancar negócios de base tecnológica”, afirma.


Para ela, é uma honra fazer parte do projeto como pesquisadora. “Terei a missão de apresentar no contexto das metodologias que serão desenvolvidas pelo grupo, novas formas de gestão da propriedade intelectual e estratégicas para fomentar arranjos de inovação”, conclui a pesquisadora.


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