Não tem como falar de BH-TEC sem falar de sustentabilidade | BH-TEC/Divulgação
Por Camila Viana, Head de Sustentabilidade do BH-TEC
Meio ambiente, a sustentabilidade e o ESG.
Afinal, o que é isso tudo?
Por que hoje, neste dia 5 de junho, a gente está falando de sustentabilidade?
Antes, tratava-se todas essas pautas como “questões ambientais”, mas o termo sustentabilidade, na verdade, vem trazer para gente uma noção importante: a de futuro!
Isso implica falar sobre o uso dos recursos naturais pelas gerações atuais, em um sentido mais reflexivo, e também de causa/consequência. O que acontece quando a gente usa desses recursos hoje? Que impactos isso causa?
Penso no momento atual, mas também para o futuro.
Então, historicamente o termo sustentabilidade vem trazer para gente essa noção mais temporal do meio ambiente. Ou seja: de que é importante usarmos bem os recursos e a natureza, pensar bem na nossa posição enquanto espécie habitante do nosso planeta, enquanto usuários de vários dos recursos naturais, enquanto relacionamento com outras espécies - o que isso reflete para nossa vida na terra e no tempo.
A sustentabilidade tem que trazer para a gente essa noção de tempo, de futuro, da preocupação da nossa sociedade com a nossa permanência, das gerações atuais e das futuras.
E que mundo é esse que a gente está construindo? Historicamente, a sustentabilidade faz esse “link”.
Não é só pensar na floresta, na conservação, na proteção do meio ambiente.
É mais do que isso.
O ESG costura o termo “sustentabilidade” dentro das corporações. Já sabemos que, em termos de impactos causados no meio ambiente, não estamos falando da ação de um indivíduo. A gente está falando de corporações, do funcionamento das empresas e da economia de uma forma dinâmica.
Então, o ESG traz essa preocupação - e também o entendimento dos impactos sócio ambientais, para dentro das empresas. O termo “sustentabilidade corporativa” diz sobre falar de sustentabilidade no ambiente empresarial - e se torna cada dia mais importante.
Este é um termo que veio das instituições financeiras, então já está dado para as empresas: os impactos refletem no financeiro. Já que é assim, a gente tem que calculá-los também. O desafio é realmente a gente conseguir calcular essa nova oportunidade de ganhos para as empresas mudarem de postura.
E o BH-TEC?
A sustentabilidade foi sempre um assunto importante para o BH-TEC, e agora, com a criação do CIS (Centro de Inteligência em Sustentabilidade), o tema se torna central no Parque.
Por que o BH-TEC se preocupa com a questão? Qual a ligação entre a sustentabilidade e a área verde que rodeia o Parque?
Depois de um reposicionamento institucional, o BH-TEC enquadrou a sustentabilidade como um assunto estratégico fundando o Centro de Inteligência em Sustentabilidade, que chamamos de CIS.
O CIS tem ações amplas que envolvem suportar as empresas que procuram um caminho na sustentabilidade.
Então, trazemos a pauta ESG para empresas que trabalham com inovações diversas - e sempre empresas que se preocupam em pensar no futuro.
Se a gente está trabalhando com inovação, temos que ter a perspectiva de que existe um caminho possível e que deve se estar alinhado com essa expectativa da sociedade de repensar o papel das empresas e suas formas de funcionar.
O CIS quer ajudar as empresas nessa jornada.
Para isso, a gente oferece serviços na linha de ESG, fomenta também discussões, eventos e momentos de troca para oferecer para a sociedade algum conhecimento nessa área.
Este que é, inclusive, um papel do Parque, e o CIS faz isso através do tema sustentabilidade no link entre o que acontece na universidade, ou seja, o conhecimento produzido, e os resultados para sociedade: as empresas, as soluções, os negócios, etc.
O BH-TEC suporta todo esse ecossistema endereçando os assuntos de sustentabilidade.
O Parque está estruturando a construções da área de sustentabilidade através do CIS com olhar mais amplo sobre a área do Parque. Recebemos visitas para mostrar o que é a sustentabilidade dentro do Parque Tecnológico, que possui um fator muito especial por causa do lugar que está inserido.
O BH-TEC é um Parque muito verde, que tem no seu terreno uma área tombada de proteção ambiental, tem córregos, uma mata ciliar protegida e que foi reconstituída. Há também uma preocupação com o prédio desde sua construção para ser um edifício sustentável.
Temos várias ações que trazem a sustentabilidade no dia a dia das empresas que habitam o BH-TEC.
Andar pelo parque já mostra um pouco da sustentabilidade e do meio ambiente que nos rodeia: 77% da nossa área é protegida, e não pode ser construído. Temos muito cuidado: o Parque tem todas as licenças ambientais regularizadas.
O Parque está passando por uma revisão dos aspectos também em ESG para que realmente tenha estruturada essa linha de sustentabilidade.
O Dia Mundial do Meio Ambiente nos lembra do quê?
Tradicionalmente, nós, seres humanos, nos colocamos num papel distanciado da natureza. E, na verdade, nós somos seres integrantes da natureza.
Eu acho que isso tem que ficar cada dia mais explícito.
Nós instrumentalizamos nossa presença no meio ambiente trazendo comodidades e alterações que nos levaram para o distanciamento. Devemos sempre fazer essa reflexão: entendermos melhor nós mesmos como seres integrantes da natureza, ou seja, como sofremos diretamente os impactos, como somamos.
As grandes alterações no funcionamento do planeta, como aquecimento global, impacta a todos os seres – inclusive nós.
A Terra está falando com a gente: “olha, nós somos uma coisa só aqui, não dá para separar. E eu preciso que vocês me considerem nessa equação de uma forma integrada”.
Passar por uma pandemia recentemente fez com que todas as gerações ouvissem essa Terra falando conosco. A expectativa é que cada dia mais as gerações - atuais e futuras - se considerem como uma parte integrante do meio ambiente.
A gente não é uma coisa à parte, a gente é parte do meio ambiente.
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