Armadilha reúne três princípios para atrair e capturar mosquito Aedes aegypti | Crédito: Ecovec/Divulgação
Por Virgínia Muniz
Mesmo ainda em meio à pandemia do novo coronavírus, a dengue ainda atormenta nossa sociedade: 20 pessoas já morreram em Minas após a picada e mais de 40 mil casos foram confirmados. Pois uma empresa desenvolveu uma armadilha que captura o mosquito Aedes aegypti (também responsável pela transmissão de zika e chikungunya) e consegue mapear o número de insetos, inclusive os contaminados com o vírus ou não. Essa tecnologia será exposta na Vitrine BH-TEC.
“Desenvolvemos um sistema através do qual a gente auxilia as prefeituras e estados a saber onde está o mosquito da dengue, quantos mosquitos são e ainda se esse mosquito que está lá carrega o vírus ou não. Nosso programa funciona como um radar que mostra para o gestor de saúde onde está o perigo e o maior problema que ele vai ter na condução do controle de uma endemia”, afirma o diretor da Ecovec, Carlos Vagner Peçanha.
Conheça o MosquiTRAP na Vitrine | Crédito: Ecovec/Divulgação
A empresa é pioneira no monitoramento de vetores, em especial o Aedes aegypti, e essa armadilha foi batizada de MosquiTRAP.
E como o MosquiTRAP funciona?
O MosquiTRAP possui três princípios de atração para o mosquito:
água
ambiente escuro
atrAEDES
“A água por si só já simula o criadouro do mosquito. Além disso, tem o atrativo desenvolvido pela UFMG que simula o cheiro de um criadouro muito bem, que é o criadouro que a fêmea prefere. Esse atrativo se chama atrAEDES. Então nós temos três princípios para que essa captura aconteça: a água, um ambiente escuro e a simulação do cheiro de um criadouro”, detalha Peçanha.
Dados são coletados e servem de base para definição de política pública | Crédito: Ecovec/Divulgação
As armadilhas são patenteadas pela Universidade Federal de Minas Gerais. Elas são instaladas e monitoradas semanalmente através de um smartphone, para o qual são enviadas todas as informações recolhidas, construindo um mapa online.
Armadilha contém o atrAEDES, que simula o cheiro do criadouro | Crédito: Ecovec/Divulgação
Vitrine BH-TEC
Com mais de dez anos no mercado e 100 cidades já fazendo uso da tecnologia, a Ecovec apresenta na Vitrine BH-TEC todo o processo e estudos já desenvolvidos a partir dessa inovação.
“A Vitrine é uma chance de nos aproximarmos da população e mostrar que o Brasil faz ciência de qualidade, que o Brasil tem produtos científicos já aplicados. É sempre importante mostrar o papel da ciência e mostrar que o BH-TEC é um dos locais de fomento dessas tecnologias”, afirma Peçanha.
A Vitrine é realizada na quarta (8) e quinta (9), das 10h às 17h, no Parque Tecnológico de Belo Horizonte. A entrada é totalmente gratuita e não é necessária a retirada de ingresso.
Confira a programação completa
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